Um desinfetante é um produto que possui em sua composição substâncias capazes de eliminar microrganismos. Dessa forma, esse produto evita e acaba com a proliferação de vírus, bactérias e agentes causadores de variadas doenças. E isso em superfícies de objetos.

No entanto, o desinfetante pode não eliminar os esporos das bactérias e fungos. Assim, mesmo que o esporo do microrganismo resista a ação do desinfetante, esse continua sendo o melhor aliado na limpeza e higiene de espaços.

E são os princípios ativos do desinfetante os responsáveis por eliminar os patógenos das superfícies.

Portanto, continue com a leitura para conhecer mais sobre desinfetantes e principalmente sobre as diferenças entre seus princípios ativos. Confira!

A importância dos princípios ativos para os desinfetantes

Cada desinfetante apresenta, em sua constituição, um determinado princípio ativo de acordo com sua finalidade. Afinal, esses princípios se aliam a outros ingredientes para alcançar o seu propósito de higienização.

Dessa forma, o sucesso de uma desinfecção de uma superfície depende não somente do desinfetante. Mas também do princípio ativo e sua concentração e modo de uso do desinfetante. Além do tempo de ação, quais microorganismos elimina e qual é o material que receberá o produto.

Portanto, é essencial que as pessoas em momentos de limpeza usem desinfetantes com os princípios ativos corretor. Afinal, praticamente todos os ambientes possuem tanto bactérias quanto outros microrganismos.

No entanto, a maioria desses microrganismos é inofensiva para os humanos. Só que há diversos patógenos, aqueles causadores de doenças. E, assim, é o uso de desinfetantes nas superfícies, de modo regular e para fazer a limpeza e higienização, que protegerá o ambiente e as pessoas.

Os diferentes princípios ativos de desinfetantes

Cada princípio ativo de um desinfetante possui uma finalidade e funcionalidade. Assim, conheça os mais comuns e utilizados seja em grandes empresas ou em domicílios.

Compostos de quaternário de amônio (QACs)

O quaternário de amônio é o princípio ativo mais famoso dentre os que compõem os desinfetantes. Afinal, eles têm propriedades detergentes, assim como umectantes, germicidas, emulsificantes e antissépticos.

Dessa forma, o desinfetante com esse princípio ativo é um excelente bactericida e, também, tem baixo custo e efeito rápido. De modo que é a opção mais indicada para hospitais e empresas.

Além disso, seus princípios continuam com a sua função e estabilidade mesmo com mudanças de temperatura. Também, seus outros ingredientes não são tão tóxicos, por isso não prejudicam nem o meio ambiente e nem a saúde humana. Assim, a indústria de alimentos também usa os QACs.

Álcoois

Os álcoois que a indústria de desinfetantes mais usa é o álcool etílico 70% e o álcool isopropílico. Assim, mesmo ao se diluir com água, esses princípios ativos são eficazes contra muitos tipos de bactérias. Mas não fazem tanto efeito contra os esporos.

No entanto, desinfetantes com esse princípio ativo são inflamáveis e não tão eficazes com matérias orgânicas. Além de evaporarem de maneira rápida.

Compostos de cloro

Os desinfetantes que contêm compostos de cloro em sua composição são uns dos mais efetivos na desinfecção. Afinal, eles são efetivos contra vírus resistentes, esporos, fungos e bactérias.

Além disso, o seu preço de mercado é barato e seu efeito é rápido. No entanto, eles tendem a ser corrosivos, de modo a causar descoloração e irritação. Por isso, não se recomenda usá-los em superfícies orgânicas.

Iodóforos

Iodóforos se caracterizam por serem compostos que unem iodo e tensoativo. Esse último é amplamente usado por detergentes lava louças. Assim, a combinação entre esses dois elementos faz com que esse princípio ativo seja solúvel.

Desse modo, esse princípio ativo é altamente germicida, com uma eficácia enorme para eliminar bactérias e vírus.

No entanto, o iodo tem um cheiro muito forte, o que pode ser desagradável para muitas pessoas. Além disso, é um composto volátil que perderá suas propriedades se ficar em uma temperatura superior a 50°C.

Aldeídos

Os aldeídos não são amplamente utilizados em desinfetantes, pois precisam de uma alta proporção para desinfetar. Além disso, eles precisam estar misturados com uma solução alcalina para ter efeito. E algumas bactérias são resistentes a esse princípio ativo.

Ácidos peracéticos

Esse princípio ativo é completamente eficiente contra microrganismos e seus esporos. Além disso, esse desinfetante é resistente à água e funciona em baixas temperaturas. Desse modo, ambientes hospitalares e indústrias amplamente usam desinfetantes com ácidos peracéticos.

Peróxido de hidrogênio

Geralmente, os desinfetantes misturam o peróxido de hidrogênio com ácido peracético para potencializar seu poder de desinfetar. Assim como para desinfetar superfícies e objetos específicos.

No entanto, em altas concentrações podem ser perigosos. De maneira que se recomenda outros princípios ativos para limpeza.

Compostos fenólicos

Os compostos fenólicos são extremamente eficazes contra bactérias, fungos e vírus. No entanto, sua alta eficácia se dá pela sua toxicidade e taxa de corrosão. Ou seja, enquanto elimina os patógenos, esse princípio ativo também causa efeitos nas superfícies.

Dessa forma, há também desvantagens em relação ao seu descarte. Já que por causa das suas propriedades precisa ser descartado de forma adequada.

Classificação dos desinfetantes

Além dos princípios ativos, os desinfetantes também se classificam em relação às suas propriedades.

• Germicidas: Responsáveis por eliminar todos os microrganismos, inclusive os esporos;

• Bactericidas: São os desinfetantes que eliminam as bactérias, mas que podem não serem efetivos contra os esporos;

• Fungicidas: Esses desinfetantes têm princípios ativos que atuam para extinguir fungos;

• Virucidas: Especificamente acabam com os vírus;

• Sanitizantes: Desinfetantes responsáveis por reduzir, e não eliminar, a quantidade de microrganismos de uma superfície ou objeto.

• Antissépticos: Os antissépticos são aqueles que podem ser aplicados em superfícies e objetos, mas também em organismos vivos. Ou seja, as pessoas podem aplicá-los em sua pele para eliminar ou inibir a proliferação de microrganismos diversos.

Qual é o primeiro passo para uma perfeita desinfecção?

Para iniciar qualquer desinfecção, é essencial que a pessoa compre produtos adequados para a superfície e objetivo de limpeza. Por isso, é essencial conhecer os princípios ativos e suas diferenças para saber qual é aquele que atingirá as necessidades do ambiente.

Assim, ler atentamente a composição dos rótulos e embalagens dos desinfetantes é obrigatório. Principalmente ao considerar a saúde da pessoa, já que muitos princípios ativos podem ser tóxicos ou corrosivos.